segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Sobre o Peru

A viagem para o Peru foi super tranquila..
Conseguimos um voo direto do Rio para Cusco, fazendo uma parada em Lima. Nem deu tempo de conhecer a cidade de Lima, mas também, esse não era nosso foco.

Chegando em Cusco, já tinha um motorista nos esperando. Estávamos com medo do famoso soroche (o mal da atitude), então preferimos pagar um pouco a mais e ter alguém nos esperando e sabendo para onde nos levar. Pagamos 20 sóles, mas o táxi daria uns 10 ou 15 sóles. No fim, foi super tranquilo, só estávamos muito cansadas, mas não passamos mal. O transfer foi indicação do hostel que ficamos. O motorista foi super querido, e até nos ofereceu para fazer os passeios.

Assim que chegamos no Hostel Pirwa, tomamos o chá de coca que tem de graça em todos os hostels. O lugar era bem modesto... Não era badalado, as pessoas não interagiam como normalmente acontece em hostels, as vezes até parecia um hostel deserto. hehehe Então não foi muito legal nessa parte, porque eu e minha amiga queríamos conhecer gente.
Mas apesar disso, era um hostel muito bem localizado (na Plaza de Armas), com café da manhã incluso, banheiro privativo, chá de coca de graça, wifi boa, e a recepcionista era um amor de pessoa. O café da manhã não era grandes coisas, mas reparamos que quase todos são iguais.

A Plaza de Armas

Descansamos bem no primeiro dia, só comemos coisas leves, e tomamos bastante chá de coca e água. Por mais "tranquilo" que você esteja, descanse. Nem que fique só deitado aproveitando pra avisar a família que está tudo bem com você. Mas faça um repouso para ir se acostumando com a altitude!

Depois de descansar, aproveitamos o resto do primeiro dia para dar uma volta na Plaza de Armas, que é o centrinho de Cusco, com várias igrejas e paisagens belíssimas. Já procuramos a PeruRail para pegar os tickets do trem para Águas Calientes (a cidadezinha mais próxima de Machu Picchu). Nós compramos antecipado, mas por medida de segurança, eles não mandam por e-mail, temos que retirar pessoalmente o ticket.
Fomos também em uma das 20 mil casas de câmbio que tem na Plaza de Armas para trocar nosso dinheiro.
Nós trocamos no Brasil alguns dólares por precaução, levamos o resto em reais e fomos trocando aos poucos pela moeda local. Com a alta do dólar, essa foi a solução para não irmos à falência.

No dia seguinte fomos procurar agência para fazer os passeios que queriamos. No hostel indicaram um free city tour e fizemos. Muito bom!
A única coisa que compramos com antecedência, quando estávamos ainda no Brasil, foi o ticket pro Machu Picchu e o trem para ir e voltar de Águas Calientes, o resto procuramos na hora, como expliquei no post anterior.

Nesse dia também já fomos até a rodoviária de Cusco para comprar a passagem para irmos para Bolivia. Achamos passagem de Cusco para Bolivia, parando rapidamente em Puno, por 60 sóles. Muito barato!

Em um dos dias em Cusco, experimentei o delicioso Lomo Saltado. Super recomendo... acho que de qualquer lugar deve ser bom!!!
Tem um prato que eu queria muito experimentar, mas não comi porque muita gente falou que poderia passar mal por ser feito de peixe cru, que é o Ceviche. Minha amiga peruana quase me matou porque não experimentei essa iguaria, mas foi pro bem do resto da viagem! Na próxima eu arrisco! ;)

Delicia da comida peruana!!

No terceiro dia acabamos fechando um passeio privado para fazer o tour do Vale Sagrado. 140 sóles (para as duas) + 70 sóles do boleto turístico (para cada uma). Ao todo deu 140 sóles pra cada uma.
O guia nos pegou no hostel e fomos fazer o passeio.

É muito importante fazer primeiro o Vale Sagrado, e depois o Machu Picchu. O Vale Sagrado acaba ficando sem graça depois que conhecemos a beleza do Machu Picchu.

A gente fez o seguinte: começamos o tour do vale sagrado, terminamos em Ollantaytambo, pegamos o trem para Águas Calientes, dormimos lá. No dia seguinte subimos o Machu Picchu e no final do dia descemos para pegar nossa mochila no hostel, e pegar o trem de volta para Cusco.
A maioria das pessoas fazem isso!

Para fazer esse tour do vale sagrado você não pode (nem deve) levar o mochilão, então deixamos nosso mochilão no depósito do hostel em Cusco e levamos uma mochila pequena somente com o necessário para passar uma noite em Águas Calientes.
Nesse ponto, valeu a pena fazer o passeio privado. A gente levava o dinheiro, passaporte e câmera conosco, e a mochilinha, que nem estava tão pesada, deixávamos no carro. Ficamos com as mãos livres para tirar foto e etc.

Ah, levem um casaco, mas também vá com uma blusa fina por baixo. Tem horas que faz muito calor, e horas que bate um vento congelante.

Primeira parada do tour do Vale Sagrado: Pisaq


Lugar lindo, ruínas magnificas e paisagem estonteante.

No final do tour, tem uma feirinha de artesanato que passamos reto!

Segunda parada: Moray


Foi impressionante. Nosso guia não desceu conosco até lá, então ficou um pouco sem graça, depois, no carro, que ele foi nos explicando o que era exatamente. 

Mas ele não falava inglês, somente em espanhol (sim, demos esse mole), então ele falava rápido demais e tinha coisa que a gente não conseguia entender, mas ele era muito simpático e repetia quando a gente pedia. Além de tudo, ele dava uma risada muito estranha, então cada vez que ele ria, eu e minha amiga morriamos rindo dele. hahahaha

Terceira, e última, parada: Ollantaytambo (carinhosamente chamada de Ollanta - e mais fácil também kkk)

Quando chegamos estava chovendo, então fomos almoçar até esperar a chuva passar. Dito e feito. Quando terminamos o almoço, a chuva já tinha se ido.

Foi o lugar que mais gostei!!


 Tem que subir tudo isso para ter uma visão maravilhosa! É cansativo... Mas vale a pena.




Nessa altura do tour, o guia já foi embora, então tudo isso você faz com a mochilinha, portanto tentem levar só o básico para uma noite mesmo. E leve água também!

Chegamos ao fim do nosso tour. O trem para Águas Calientes saia 21h de Ollanta, e era umas 17h quando terminamos o tour. O ideal seria ter comprado o trem das 19h, mas não tinha mais quando fomos comprar. Então ficamos em um bar até chegar a hora de irmos para Águas Calientes (conhecido também como Machu Picchu Pueblo). Nem foi tão ruim, ficamos bebendo, conversando, vendo as fotos, e passou super rápido, mas o ideal seria pegar o das 19h.
Experimentamos a cerveja Cusqueña. Muito boa. Vale a pena...

Chegamos em Águas Calientes quase 23h, e fomos a pé para o hostel (que era beeem em frente a estação - descobrimos isso depois de andar pra caramba. No site não fala que é tão perto, e os funcionários não explicaram quando perguntei). Ficamos hospedados no Ecopackers Machu Picchu, que tem tanto em Machu Picchu, quanto em Cusco.
O hostel é legal, com café da manhã modesto, um espaço maneiro para os hóspedes conversarem (pelo menos o de Águas Calientes), e fica bem perto do terminal de ônibus que leva para o Machu Picchu, e também da estação de trem. Eles alugam toalha de banho por 5 sóles (uma coisa a menos na hora de fazer a mochilinha).

No dia seguinte fomos para Machu Picchu. O primeiro ônibus sai às 5h30, mas de acordo com a recepcionista do hostel, esse horário é muito lotado, então fomos no das 7h. Deu tudo certo. Os ônibus partem de 5 em 5 minutos.
Compramos o ticket pro ônibus na hora, super tranquilo. Você pode comprar e ir a hora que quiser, e para descer também, mas lembre-se de perguntar qual é a hora do último ônibus.

Chegando lá tem váários guias para você contratar. Contratamos uma por 20 sóles cada para um tour compartilhado com 6 pessoas. Vale a pena contratar um guia!!

Nós subimos e descemos de ônibus (dá uma meia hora cada trecho mais ou menos), mas tem gente que faz a pé. Dizem que é muito cansativo, mas que vale a pena.
Pra subir o Machu Picchu vá de tênis, legging e uma camisa leve (mas leva um casaco para o antes e depois). Não esquece da água e do protetor solar, e repelente caso ache necessário.




Voltamos não muito tarde porque nosso trem de volta estava marcado para às 17h23 (é o horário ideal, ainda mais se você subir o MP cedo). Então descemos, demos uma volta pela cidade de Águas Calientes, almoçamos e ficamos no bar do hostel bebendo e carregando o celular até chegar a hora de ir embora.

No almoço, nós resolvemos arriscar e provar uma carne diferente. A carne de alpaca. Olha, prefiro picanha, mas né.. Achei até boazinha!!

Tirar foto de comida não é o meu forte!

O trem da PeruRail é muito top, parece avião, dão até comida - que não é boa!! hehe
Na volta teve um desfile dos funcionários de cada vagão para vender roupa típica peruana. Um dos funcionários era muito engraçado, ele parecia aquele ator que fazia o "olha a faca" do Zorra Total, sabe? Cada vez que ele entrava na "passarela" eu e minha amiga riamos muitoooo. hahahaha (só de lembrar na cara dele, já rio)

Chegamos em Poroy (os trens só vão até Poroy, que é um bairro afastado dentro de Cusco). Em Poroy, o mesmo senhor que fez nosso tour do Vale Sagrado foi nos pegar para nos levar até a rodoviária de Cusco.

Como a gente tinha uma pessoa confiável lá em Cusco, ele pegou nossos mochilões no hostel e encontramos com ele na rodoviária, então poupamos um dinheiro. Mas nesse caso, você pode pegar um táxi até o hostel, pegar o mochilão e ir pra rodoviária no mesmo táxi. Pesquisem, e pechinchem com o taxista antes de entrar.

Depois dessa belíssima experiência, fomos para Copacabana, na Bolívia...

Até o próximo post!!

sexta-feira, 25 de setembro de 2015

Mochilão pela América do Sul

Fiz um mochilão de 15 dias com uma amiga pela América do Sul, conhecendo somente alguns lugares, mas foi muuuito bom:
Cusco (Peru), Copacabana e Uyuni, na Bolivia, São Pedro de Atacama e Santiago do Chile.
Fui em agosto de 2015, mês de tempo bom e alta temporada!!

Nós reservamos os hostels com certa antecedência, e compramos o ticket do Machu Picchu e trem para ir e voltar de Águas Calientes (a cidadezinha mais próxima de MP) com antecedência também. Isso não dava pra arriscar...
O resto arriscamos na hora, e não nos arrependemos. Tentamos comprar alguns tours antecipado e as agências queriam enfiar a faca na gente. Já lá, na hora, a gente conseguiu pechinchar, e pagamos um preço bem camarada!
Todo mundo faz isso, inclusive eles, quando você fica na dúvida se vai comprar ou não, eles já vão baixando o preço até você aceitar (eles são bem persistentes, bem mesmo) hehehe
Enfim, apesar de ser alta temporada, dá pra chegar e reservar os tours na hora, sem problemas.

Se você tiver coragem, pode até ver pra reservar hostel na hora também. Muita gente fez isso.. Eu não quis fazer porque meu mochilão estava pesado, e eu imaginei que estaria super cansada. Se tivesse que andar pra lá e pra cá com mochilão, pesquisando de hostel em hostel, eu poderia passar mal por causa da altitude mais o peso da mochila (minha mochila pesava 11kg - nem é tanto, mas achei pesado sim kkk).

Tanto o ticket pro Machu Picchu quanto o ticket do trem eu tive dificuldades para comprar, pois o site só aceita cartões verificados pela Visa, e não confiei nos sites que diziam vender, mas que não eram oficiais. Era muito dinheiro para arriscar.

O ticket do MP eu pedi para um conhecido que mora no Peru, que comprou pra gente, e demos o dinheiro para ele. E o ticket do trem pelo site da PeruRail, quem comprou pra mim e pra minha amiga foi o namorado de uma outra amiga minha, que é Uruguaio. Tivemos sorte!!

Fizemos carteirinha estudantil internacional para pagar meia nos tours, e alguns descontos nos hostels. Vale muito a pena. É R$40,00 que você paga pra fazer, e pode usar em vários lugares.
Só não esquece de antes de contratar o tour, perguntar se tem desconto para estudante.. Pode fazer online aqui e retirar pessoalmente, ou esperar a entrega pelos correios.

Sobre o dinheiro, eu levei uns 200 dólares por precaução e o resto em reais. Fui trocando aos poucos pela moeda local! Com a alta do dólar, esse foi o jeito de não irmos à falência.

O que levar?

Bom, fomos no inverno, e eu não tinha nada, absolutamente nada, de frio aqui no Rio de Janeiro. Então pedi pra minha mãe me enviar meus casacos, botas, luvas e cachecóis de Porto Alegre.

O mochilão uma amiga me emprestou, e um casaco corta vento também.

Levei:
- Dois casacos (um preto até o joelho e outro corta vento)
- 2 calças jeans
- 2 leggings
- 2 meia calça
- Pijama comprido
- Meias e lingerie
- Duas botas, um tênis e um chinelo
- Um moletom
- Luva e cachecol
- Blusinhas para colocar por baixo
- Blusas de lã
- Protetor solar
- Hidratante para corpo, para mão e protetor labial (o que não adiantou, porque minha boca ficou muuuuito ressecada)
- Produtos de higiene (sabonete, shampoo, condicionador, perfume, demaquilante, escova de dente e etc)
- Maquiagem básica
- Carregador de câmera e celular
- Carregador portátil (muito útil)
- Toalha de banho (alguns hostels até emprestam ou alugam)
-  Vestido (não precisou, nem usei)
- Cadeado para proteger o mochilão
- Porta dólar para não dar bobeira com o dinheiro
- Mochila de guerra (sim, mochilinha, não bolsa)
- Capa de chuva
- Álcool gel
- Care free, lenço umedecido e papel higiênico (nos tours da Bolivia você vai precisar)
- Tapa olho (dormir em quarto compartilhado tem seus problemas)
- Farmacinha (sou meio neurótica em ficar doente em viagem - levei remédio pra dor de cabeça, pra gripe, pra garganta, pra dor no corpo e sorine - esse foi o que mais usei)
- Identidade (não vale carteira de motorista) dentro da validade e em bom estado, e passaporte (passaporte não é obrigatório, mas então a identidade deve estar em bom estado)
- Emails com confirmação de reserva dos hostels e endereços.

Minha amiga levou roupa de cama, e usou. Eu levei e acabei não usando porque ficamos em hostels tranquilos. Então poderia ter deixado.
Se você tiver saco de dormir e tiver espaço na mochila, leve. Na Bolivia você vai precisar. Eu passei frio, mesmo com todas as blusas, casaco e cachecol, eu acordava de madrugada passando frio.

Depois de tudo pronto, partiu Peru..

Até o próximo post! ;)