Eu sou muito família! Descendente
de italiano, sempre gostei de casa cheia, festa e alegria! Meu pai também é
assim, já a minha mãe gosta de calmaria, lá de vez em quando um “festerê” como
ela chama. Eu já não gosto de calmaria, fico deprê. Óbvio que de vez em quando
é bom ficar sozinha, em silêncio, vendo um filme ou minhas séries favoritas.
Mas um final de semana assim eu tenho um troço.
Morei 1 ano e meio em Londres.
Ficar longe da família foi ruim, mas foi mais fácil que eu imaginava. Eu me
lembro que um amigão meu me disse antes de eu viajar: “Tu não vai ficar muito
tempo lá, tu é muito apegada a tua família.”. Ele tinha razão, eu era/sou
apegada.. Ver as fotos deles comendo churrasco tooodo o santo domingo, ou festejando
os aniversários e eu lá longe foi $%#@. Mas o pior de tudo foi o Natal. Pra
mim, o Natal é símbolo de família, união, alegria. Tu não passa o Natal com os
amigos, o Ano Novo sim, mas Natal não. Eu chorei muito quando vi o maldito
comercial da Cia Zaffari (pra quem não conhece, aí vai: http://www.youtube.com/watch?v=f2-sadEi1JM).
Parece bobo, mas tudo fica em grande proporção quando tu está longe de quem
mais ama. E essa propaganda parece que foi “feita pra mim” (obviamente, tem
vários jovens na mesma situação).
Depois desse tempo na Terra da
Rainha, voltei pro Brasil. Voltei com o coração dividido, querendo ficar em
Londres, mas querendo muito voltar e rever minha família. Não pensei na
hipótese de vir passar uma temporada no Brasil e voltar pra Londres. Sou jornalista
formada, tenho 25 anos, e só tinha feito estágios na área, sem experiência, eu
tinha que “começar minha vida” logo.
Voltei para Porto Alegre com o
intuito de ir para São Paulo arranjar um emprego bom na minha área. Passei 2 meses
com a minha família em Porto Alegre, matando a saudade deles e dos amigos.
Até que resolvi passar o carnaval no Rio de Janeiro.
Ah, o Rio de Janeiro, sempre quis
conhecer. Meus pais já tinham vindo várias vezes, mas nunca pude vir com eles
por motivos pessoais. Minha mãe sempre me dizia: “Quando tu for ao Rio, tu vai
se apaixonar.” Dito e feito. Vim, e me apaixonei. Terminou o carnaval e pensei:
“E agora? Não quero voltar!” Eu já vim pro Rio com a “maldade” de ficar e
trouxe tudo que eu poderia precisar.
Estou há 5 meses aqui, e a
saudade da família só aumenta. Acho que é o acúmulo da saudade de quando eu
estava em Londres, e de agora. Vou visitá-los agora no “feriado do Papa”, vai
ser por pouco tempo, mas estou dando valor a cada segundo que vou passar com
eles.
Minha tia chegou aqui no Rio para
visitar meu primo essa semana, e quando eu ouvi a voz dela antes de ela abrir a
porta pra mim, tive uma sensação estranha. Aquela voz que conheço desde que me entendo
por gente, aquele sotaque gaúcho fresquinho. E quando eu ouço a voz dela parece
que vejo minha mãe. Por mais que eu fale quase todos os dias com a minha mãe,
ouvir a voz pessoalmente é diferente. As vozes delas nem são parecidas, mas são
irmãs, e isso me fez lembrar e reforçar o que eu já estava pensando: PRECISO
ver minha família. Regarregar as energias, abraçá-los. Os meus sobrinhos mais
velhos estão mais altos que eu, o mais novo é capaz de nem lembrar direito de
mim.
É impressionante como passei
exatos 1 ano e 3 meses em Londres tranquilamente, e aqui há 5 meses já perdi as
contas de quantas vezes quis colo dos meus pais. Acho que o fato de ser mais
perto, e saber que posso ir ali passar um final de semana e matar a saudade.
É.. A saudade é uma praga! Mas eu
estou feliz aqui no Rio, não pretendo voltar pro RS. Fiz amigos maravilhosos,
me reaproximei de uma ex colega do tempo da faculdade que tem se tornado uma
grande amiga, além do meu primo que me deu uma força enorme quando decidi ficar
aqui na Cidade Maravilhosa.
E bota MARAVILHOSA nisso!
Tá no Rio?! Puta vida, que coisa boa!
ResponderExcluirOs familiares tu visita, assim que conseguir um emprego casca!
Boa sorte aí, Amanda!
Tô Dani! Muito bom aqui!! =)
Excluirvaleu!