quarta-feira, 17 de julho de 2013

O que não me mata, me fortalece!



Eu sou muito família! Descendente de italiano, sempre gostei de casa cheia, festa e alegria! Meu pai também é assim, já a minha mãe gosta de calmaria, lá de vez em quando um “festerê” como ela chama. Eu já não gosto de calmaria, fico deprê. Óbvio que de vez em quando é bom ficar sozinha, em silêncio, vendo um filme ou minhas séries favoritas. Mas um final de semana assim eu tenho um troço.

Morei 1 ano e meio em Londres. Ficar longe da família foi ruim, mas foi mais fácil que eu imaginava. Eu me lembro que um amigão meu me disse antes de eu viajar: “Tu não vai ficar muito tempo lá, tu é muito apegada a tua família.”. Ele tinha razão, eu era/sou apegada.. Ver as fotos deles comendo churrasco tooodo o santo domingo, ou festejando os aniversários e eu lá longe foi $%#@. Mas o pior de tudo foi o Natal. Pra mim, o Natal é símbolo de família, união, alegria. Tu não passa o Natal com os amigos, o Ano Novo sim, mas Natal não. Eu chorei muito quando vi o maldito comercial da Cia Zaffari (pra quem não conhece, aí vai: http://www.youtube.com/watch?v=f2-sadEi1JM). Parece bobo, mas tudo fica em grande proporção quando tu está longe de quem mais ama. E essa propaganda parece que foi “feita pra mim” (obviamente, tem vários jovens na mesma situação).

Depois desse tempo na Terra da Rainha, voltei pro Brasil. Voltei com o coração dividido, querendo ficar em Londres, mas querendo muito voltar e rever minha família. Não pensei na hipótese de vir passar uma temporada no Brasil e voltar pra Londres. Sou jornalista formada, tenho 25 anos, e só tinha feito estágios na área, sem experiência, eu tinha que “começar minha vida” logo. 

Voltei para Porto Alegre com o intuito de ir para São Paulo arranjar um emprego bom na minha área. Passei 2 meses com a minha família em Porto Alegre, matando a saudade deles e dos amigos. Até que resolvi passar o carnaval no Rio de Janeiro.

Ah, o Rio de Janeiro, sempre quis conhecer. Meus pais já tinham vindo várias vezes, mas nunca pude vir com eles por motivos pessoais. Minha mãe sempre me dizia: “Quando tu for ao Rio, tu vai se apaixonar.” Dito e feito. Vim, e me apaixonei. Terminou o carnaval e pensei: “E agora? Não quero voltar!” Eu já vim pro Rio com a “maldade” de ficar e trouxe tudo que eu poderia precisar.

Estou há 5 meses aqui, e a saudade da família só aumenta. Acho que é o acúmulo da saudade de quando eu estava em Londres, e de agora. Vou visitá-los agora no “feriado do Papa”, vai ser por pouco tempo, mas estou dando valor a cada segundo que vou passar com eles.

Minha tia chegou aqui no Rio para visitar meu primo essa semana, e quando eu ouvi a voz dela antes de ela abrir a porta pra mim, tive uma sensação estranha. Aquela voz que conheço desde que me entendo por gente, aquele sotaque gaúcho fresquinho. E quando eu ouço a voz dela parece que vejo minha mãe. Por mais que eu fale quase todos os dias com a minha mãe, ouvir a voz pessoalmente é diferente. As vozes delas nem são parecidas, mas são irmãs, e isso me fez lembrar e reforçar o que eu já estava pensando: PRECISO ver minha família. Regarregar as energias, abraçá-los. Os meus sobrinhos mais velhos estão mais altos que eu, o mais novo é capaz de nem lembrar direito de mim.

É impressionante como passei exatos 1 ano e 3 meses em Londres tranquilamente, e aqui há 5 meses já perdi as contas de quantas vezes quis colo dos meus pais. Acho que o fato de ser mais perto, e saber que posso ir ali passar um final de semana e matar a saudade.

É.. A saudade é uma praga! Mas eu estou feliz aqui no Rio, não pretendo voltar pro RS. Fiz amigos maravilhosos, me reaproximei de uma ex colega do tempo da faculdade que tem se tornado uma grande amiga, além do meu primo que me deu uma força enorme quando decidi ficar aqui na Cidade Maravilhosa.
E bota MARAVILHOSA nisso!

2 comentários:

  1. Tá no Rio?! Puta vida, que coisa boa!

    Os familiares tu visita, assim que conseguir um emprego casca!

    Boa sorte aí, Amanda!

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